Camarada Francisco Reis, decorridos 42 anos muita coisa fica por descrever, no entanto por tudo o que dizes,peço desculpas por não me recordar de ti mas basta ver uma foto da época e por certo irei avivar a memória e facilmente te reconhecerei. Eu quando acabei o curso fiquei em Luanda no Hospital, a fim de ser operado a um quisto no braço direito, e só passado um mês fui ter com a companhia ao Luso. Fiz todo o percurso operacional na zona leste, incluindo a siroco, e só vim para o C.I.C. em 1973 para dar os cursos das 2042ª / 2043ª e 2044ª / 2045ª, findo os quais regressei novamente à companhia. Quanto ao Ten. Capão, o amigo Martins Fur. Mil. da 36ª CCMDS que reside em Riachos, um dia convidou-me para uma patuscada em sua casa, onde estava o referido hoje Coronel Capão, e porque quando estive em Santarém o Sr. Ten. tinha a mania de lançar um concurso público a nível de esquadrão para um desenho a fim de ser aplicado no seu gabinete, ao ganhar o concurso e depois de muitas peripécias, garantiu-me que no final da recruta ia para os "Serviços Cartográficos do Exército". Moral da história, quando os Comandos foram a Santarém recrutar pessoal, recusei-me a fazer o salto em perfundidade, mas só que já existiam fichas anteriores e o Alf. Gomes comandante de grupo, nunca tinha apontado nenhuma recusa por esse obstáculo, desse modo fiquei de castigo sem almoçar, e só mais tarde fui integrado no grupo. Quando sairam as especialidades, era para ir para Tavira atirador de infantaria, e aquilo que o dito Sr. Ten. Capão disse passou à história, corri para o gabinete do Alf. e pedi-lhe que fosse aceite para os Comandos, após alguns contactos disse que tudo estava tratado e tudo seria resolvido de acordo com o meu pedido. Assim consegui inverter a situação e seguir no caminho certo. Hoje somos uma família enorme, fazendo da amizade a nossa maior arma. Podes comunicar comigo no face "Francisco Luz". Um grande abraço e desejos de muitas felicidades para ti e restante família.